Roberto Teixeira nega ter participado de esquema de arrecadação ilegal de recursos

O advogado Roberto Teixeira negou, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, que tenha participado de qualquer esquema de arrecadação de recursos, junto a prefeituras administradas pelo Partido dos Trabalhadores, para utilização em campanhas eleitorais do PT. Disse ainda que nunca foi sócio, proprietário ou representante da empresa Cpem - Consultoria para Empresas e Municípios. Confirmou, no entanto, que é amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se que orgulha disso.
Teixeira exibiu, para os senadores, uma certidão expedida pela direção nacional do PT que o exime das acusações. O documento toma por base o relatório final de uma comissão interna criada pelo diretório regional do partido de São Paulo para apurar as denúncias.
O relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que preferia que Teixeira apresentasse uma certidão da própria comissão interna que investigou as denúncias. O depoente, porém, continuou negando as acusações, afirmando, inclusive, que nunca esteve na prefeitura de São José dos Campos.
O depoente foi acusado de montar suposto esquema para arrecadar, irregularmente, recursos para o caixa dois do PT, utilizado em campanhas eleitorais do partido. O suposto esquema teria sido colocado em prática no final dos anos 90 junto às prefeituras administradas pelo partido em cidades do interior de São Paulo. As denúncias foram feitas pelo economista, ex-militante petista e ex-secretário de finanças das prefeituras de Campinas (SP) e de São José dos Campos (SP) Paulo de Tarso Venceslau, em depoimento à CPI dos Bingos. Os recursos, conforme essa denúncia, eram arrecadados a partir de contratos com a empresa Cpem.
As informações são da Agência Senado